Olá, pessoal! Tudo bem?
A diretoria do Canto Cidadão solicitou ao Dr. Luiz Carlos Barata - médico da equipe de infectologia do Hospital Santa Catarina e do pronto-socorro do Instituto de Infectologia Emílio Ribas - um texto de orientação sobre a "Superbactéria", para que pudesse enviar aos seus voluntários e amigos.
Agradecemos a gentileza do Dr. Luiz Carlos e enviamos a vocês o texto.
Beijos e sorrisos,
Canto Cidadão

Essa enzima foi descoberta pela primeira vez em 1996, em cepas de Klebsiella, e por isso foi denominada KPC (da sigla em inglês Klebsiella pneumoniae carbapenase). Outras bactérias, entretanto, também são capazes de produzir KPC.
O termo “superbactéria” está sendo utilizado para se referir à cepa de Klebsiella pneumoniae produtora de KPC, que vem causando infecções em vários hospitais do Brasil e em outros países. É preciso ficar claro, entretanto, que esta não é uma bactéria nova e que existem outras bactérias resistentes aos antibióticos e que são igualmente preocupantes.
A principal causa do aparecimento dessas “superbactérias” é o uso intenso e abusivo de antibióticos que resulta na seleção de cepas resistentes que se sobrepõem às cepas comuns. A Klebsiella pneumoniae produtora de KPC, assim como as demais bactérias multi-resistentes encontradas nos hospitais, causa infecção apenas em pessoas sujeitas a tratamentos hospitalares, especialmente naquelas submetidas a procedimentos invasivos, como cirurgias, sondagens e cateteres venosos e que recebem antibióticos por tempo prolongado.
Desse modo, não há risco de infecção para os visitantes dos hospitais e, tampouco, para os profissionais de saúde, embora esses últimos possam levar a bactéria de um paciente a outro se não seguirem práticas rigorosas de higiene, dentre as quais se destaca a lavagem das mãos. Essas bactérias não causam infecções fora dos ambientes hospitalares e não há risco, portanto, de se espalharem pela comunidade causando epidemias.
As medidas preventivas recomendadas são de âmbito hospitalar e incluem o uso criterioso de antibióticos (de modo a impedir o aparecimento desta e de outras bactérias resistentes), o reforço das medidas de higiene e a adoção de precauções extras de contato ao lidar com os pacientes infectados.
Fonte da imagem: http://dudulambony.blogspot.com/
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